segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Essa imagem fez parte da prova escrita do Curso de Mestrado em Educação- uma reflexão do cotidiano escolar. 

O giz e a tela - uma imagem como metáfora do aprendizado

Sobre este mundo mesmo, obra de Cinthia Marcelle
Pesquisando sobre este trabalho da artista Cinthia Marcelle encontrei este interessante relato da professora
de artes Lívia Seber sobre a instalação artística intitulada "Sobre este Mundo Mesmo":
" Quando estive visitando a 29ª Bienal, esta obra chamou demais minha atenção.
Lá estava um dos meus objetos de trabalho, um símbolo da vida docente, onipresente nas escolas (especialmente as públicas) do Brasil.
A lousa e o giz. Essa dupla, tão usada há anos e hoje tão criticada, faz parte do meu cotidiano e não pude deixar de me identificar. A lousa da obra estava cheia de marcas, textos escritos, fórmulas, palavras mal apagadas, rastros de um professor. É certo que um mestre deixa sempre algo para trás.
Como aluna, lembrei do que presenciei em sala de aula. Muito do conteúdo que vemos, que nos ensinam, é esquecido com o tempo. A lembrança de algumas matérias se torna tão borrada quanto uma lousa mal apagada.
É lógico que hoje a tecnologia media a relação professor-aluno. Desde o quadro branco até a lousa digital, inúmeras telas, conteúdo digitalizado e internet estão presentes no contexto escolar. Mas enquanto a relação entre professor-aluno for totalmente vertical e a escola for conteúdista, a informação não será convertida em conhecimento e pouco tocaremos a vida dos alunos. A escola não pode ficar restrita a um borrão na memória. Ou só sobrará o pó.
Por fim, gostaria de propor um diálogo: A lousa reflete um ritmo anterior, mais lento, da leitura em papel, da leitura de um livro de cada vez. A tela digital reflete um ritmo atual, de multitarefas, várias coisas acontecendo, e uma informação mais efêmera e superficial. Pensando nisso, a tela digital na escola será capaz de se tornar um apoio sólido ao aprendizado?"
 
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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Como preparar seu filho para o Ensino Fundamental 1

Cada criança tem seu tempo e é importante lembrar que para haver aprendizagem é preciso haver diversidade: aquele que está mais avançado trabalhando em par com o outro que ainda está menos avançado propicia crescimento para ambos.

Quando as crianças deixam a educação infantil e ingressam no Ensino Fundamental 1 é inevitável pensar: "meu filho já não é mais um bebê". E é natural que nesse momento apareçam também algumas dúvidas sobre como ele se sairá nesse novo momento de sua vida de estudante. De fato, a entrada no primeiro ano traz uma série de mudanças na rotina escolar.

 Todas essas mudanças, porém, não devem ser encaradas como um problema. Elas fazem parte da evolução natural e saudável da vida da criança. E os pais podem - e devem - ajudar seus filhos a se preparar da melhor maneira possível para essa transição. "O importante é demonstrar segurança para a criança. Dizer que se ela está indo para essa nova fase 
é porque já tem idade para isso e está pronta", diz Rosana Ziemniak, coordenadora da Educação Infantil do Colégio Magister, de São Paulo.



As brincadeiras ainda terão seu espaço, mas seu tempo será diminuído enquanto a hora de estudar ganhará mais importância. Na mochila, a boneca ou o carrinho ainda poderão entrar em alguns dias, mas dividirão espaço com livros e cadernos. As responsabilidades, aos poucos, também vão crescer: haverá mais lição de casa, provas e notas

A primeira dica é não criar muitas expectativas. "Não se pode esquecer que crianças de seis anos, no primeiro ano do ensino fundamental, ainda estão em fase alfabetização. Não se pode esperar que elas escrevam uma redação de três páginas. É importante não cobrar demais as crianças e ter cuidado para não gerar ansiedade", diz Roseli Carreiro Zanlorenzi de Araujo, diretora da educação infantil do Colégio Vértice, de São Paulo. 


Rosana Ziemniak, coordenadora da Educação Infantil do Colégio Magister, concorda: "Nunca se deve cobrar aquilo que ainda não é hora de ser cobrado. E nem fazer comparações com outras crianças, dizendo que esta ou aquela tem desempenho inferior ou superior. Cada criança tem seu tempo e é importante lembrar que para haver aprendizagem é preciso haver diversidade: aquele que está mais avançado trabalhando em par com o outro que ainda está menos avançado propicia crescimento para ambos", explica ela. 

A participação dos pais nessa transição, segundo ela, não deve ficar restrita ao ambiente escolar. Os pais devem estimular o crescimento e a curiosidade das crianças nessa fase, programando passeios a livrarias por exemplo. "As crianças que em casa ou em passeios junto com a família têm esses estímulos terão muito mais facilidade de se desenvolver na escola em seu processo de alfabetização e de conhecimentos em geral", afirma ela.

Segundo Roseli Carreiro Zanlorenzi de Araujo, diretora da educação infantil do Colégio Vértice, os pais podem ajudar estimulando desde cedo que as crianças criem o hábito de fazer o dever de casa sozinhas e sem ter que precisar mandar fazer. "A lição de casa é responsabilidade da criança e ela tem que criar o hábito de incorporar em sua rotina essa atividade. Os pais não devem fazer o dever por elas, mas podem questionar se o dever foi feito", afirma Roseli. Os pais também devem estimular os filhos a tomar cuidado com seu material e a mantê-lo organizado.
Entrar no ensino fundamental 1 não significa que o tempo das brincadeiras já passou, muito pelo contrário. As brincadeiras continuam, mas com horários e objetivos diferentes. Na educação infantil, geralmente as crianças desfrutam de um pátio de brinquedos e têm brincadeiras mais dirigidas pelos professores. No ensino fundamental 1 as escolas passam a valorizar mais as brincadeiras espontâneas entre as crianças e que são realizadas geralmente na hora do recreio. "A cada 15 dias permitimos que as crianças tragam um brinquedo eletrônico. Mas fazemos questão de frisar que o objetivo é brincar em grupo. Se percebemos que a criança vai se isolando com o brinquedo nós a orientamos a trocar de brinquedo para que não fique sozinha", diz Roseli Carreiro Zanlorenzi de Araujo, diretora da educação infantil do Colégio Vértice.
http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/como-preparar-seu-filho-ensino-fundamental-1-730972.shtmlComo preparar seu filho para o Ensino Fundamental 1


sexta-feira, 1 de março de 2013

LIBRAS

Sobre a Libras

"A prática pedagógica mediada (também) pela
língua de sinais: Trabalhando com sujeitos surdos*"
Cristina B.Feitosa de Lacerda **
Apresentação do artigo:
Segundo Lacerda (2000), para (Marchesi 1987) a linguagem de sinais desenvolvida pelas comunidades surdas é a forma de linguagem mais acessível aos surdos, pois é considerada sua língua natural. Assim, mesmo sem ouvir, eles podem ser competentes em uma língua visogestual, capaz de favorecer seu desenvolvimento integral, contribuindo para sua constituição como sujeitos .
Dessa abordagem surge a perspectiva bilíngüe para a educação de surdos, a qual preconiza que o surdo deve ser exposto o mais precocemente possível a uma língua de sinais, identificada como uma língua passível de ser adquirida por ele sem que sejam necessárias condições especiais de “aprendizagem”.
A proposta de educação bilíngüe defende que também seja ensinada ao surdo a língua da comunidade ouvinte na qual está inserido, em sua modalidade oral e/ou escrita, sendo que esta será ensinada com base nos conhecimentos adquiridos por intermédio da língua de sinais.
Desta forma é que se propõe é que sejam aprendidas duas línguas, a língua de sinais e, secundariamente, a língua do grupo ouvinte majoritário. Para isso a criança surda é exposta o mais cedo possível à língua de sinais, aprendendo a sinalizar tão rapidamente quanto as crianças ouvintes aprendem a falar. Ao sinalizar, a criança desenvolve sua capacidade e sua competência lingüística, numa língua que lhe servirá depois para aprender a língua falada, do grupo majoritário, como segunda língua, tornando-se bilíngüe, numa modalidade de bilingüismo sucessivo.